sábado, 14 de novembro de 2009

Uma carta para Mamãe

Ela deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações.

Perguntou:
-Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom?
- Quando é que eu posso vê-lo?'

O cirurgião respondeu:
- Tenho pena. Fizemos tudo mas o seu filho não resistiu.

Sally perguntou:
- Porque razão é que as crianças pequenas tem câncer? Será que Deus não se preocupa?
- Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?...'

O cirurgião perguntou:
-Quer algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade.

Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do seu filho.

- Quer um caracol dele?' Perguntou a enfermeira.
Sally abanou a cabeça afirmativamente.

A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.

- Foi ideia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa, disse Sally. No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu:
- Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.

Ela continuou:
- O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.

Depois de aí ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do "Hospital Children's Mercy" pela última vez.
Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela.
A viagem para casa foi muito difícil.
Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia.

Levou o saco com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho.
Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exatamente nos locais onde ele sempre os teve.
Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu.

Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.

A carta dizia:
-Querida Mãe,
Sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer:"AMO-TE".
Eu vou sempre amar-te cada vez mais, Mãe, por cada dia que passe.
Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiseres adotar um menino para não ficares tão sozinha, por mim está bem.
Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferires uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, rapazes, gostamos.
Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que as meninas gostam, tu sabes.
Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo fantástico!
Os avós vieram ter comigo assim que eu cheguei para me mostrar, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo.
Os Anjos são mesmo fantástico! Adoro vê-los a voar!
E sabes uma coisa?...
O Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando o vi o tenha conhecido logo.
Ele levou-me a visitar Deus!
E sabes uma coisa?...
Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever-te esta carta, para te dizer adeus e tudo mais.
Mas eu já sabia que não era permitido.
Mas sabes uma coisa Mãe?...
Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever-te esta carta.
Acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar a carta.
Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu Lhe fizeste,
"Aonde estava Ele quando eu mais precisava?"...
Deus disse que estava no mesmo sítio, tal e qual, quando o filho dele,
Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele.
Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém.
As outras pessoas vêm este papel em branco.
É mesmo fantástico não é!?...
Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida.
Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus.
Tenho a certeza que a comida vai ser boa.
Estava quase a esquecer-me: já não tenho dores, o câncer já se foi embora.
Ainda bem, porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim.
Foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar.
O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isto?...

Copiado da Internet - Autor desconhecido!

domingo, 9 de agosto de 2009

Por mais que eu tente...

Meu grande amor, já se passou um ano de sua partida e mamãe ainda sente a mesma dor como se se tivesse partido hoje. Ainda ouço a voz da médica me dizendo o que nenhum pai e nenhuma mãe quer ouvir jamais. "mãezinha infelizmente a bebê não resistiu, veio a óbito". Filha ontem foi aniversário de 15 anos da sua prima Ana Beliza e eu e o seu pai nos emocionamos muito com a festa que foi linda, pensamos muito em você meu amor, de como seria maravilhoso festejarmos seus 15 anos. Infelizmente isso nunca vai ser possível, mas eu creio que Deus tem uma grande benção para nossas vidas porque sei que sua passagem por aqui foi com um grande propósito que ainda não sabemos, só o tempo vai dizer. Saiba que a vida sem você é como um dia de chuva, frio triste e silencioso, como um pássaro sem canto, musica sem melodia, queijo sem goiabada, circo sem palhaço.....vamos te amar pra sempre meu amor , sentimos sua falta. Ainda bem que Jesus está voltando, e vamos morar juntas no céu. Texto escrito por Maria Pereira

segunda-feira, 20 de julho de 2009

1 ano sem minha Pequena Guerreira

Tentei escrever algo especial, mas não consigo. A dor da perda, mesmo após um ano, ainda é grande e acho que será eterna. Vivo pensando em desabafar escrevendo algo aqui, mas nem isso estou conseguindo. Não gosto de alimentar um sentimento de revolta, a cada noticia que tenho sobre crianças que morrem na UTI do hospital em que Maria Antônia esteve internada, mas é só no que consigo pensar. Talvez seja uma necessidade de reparar de alguma forma o que não pude fazer por minha Princesa ou aquele sentimento que nos sufoca, com a pergunta: Teria sido diferente se aquilo não tivesse ocorrido? Penso em fazer denúncias, penso em puplicar a carta ao hospital que até não tivemos uma resposta oficial? Não por mim, muito menos por minha filha, mas pelas crianças que ainda vão passar por isso. Penso em homenagea-la com videos e fotos para eternizar o que vivemos com ela, mas não consigo.

Peço a Deus que ajude a mim a minha esposa e a meus filhos a suportar esta ausência.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Barbare

Estou chocado com o que li. A carta deixada pelo professor de direito da USP, que se matou após matar o próprio filho de apenas 5 anos de idade é terrível. A primeira coisa que penso é de como não conhecer a Deus faz falta na vida de uma pessoa. Quanto sofrimento poderia ter sido evitado. Não consigo aceitar que um pai em sã consistência foi capaz de um ato tão brutal, premeditado e dizer que isso foi por amor.

Perdi minha Filha muito cedo, ela tinha uma saúde frágil, todos lutamos muito para mantê-la viva. Quantos e quantos pais de filhos deficientes ou com graves doenças lutam para dar melhores condições de vida a seus filhos? enquanto outros são capazes de uma barbaridade como essa.

Leia e comente sobre o conteúdo da carta deixada (abaixo) pelo professor Renato Ventura Ribeiro:

"Aos meus amigos.

Em primeiro lugar, saibam que estou muito bem e que a decisão foi fruto de cuidadosa reflexão e ponderação. Na vida, temos prioridades. E a minha sempre foi o meu filho, acima de qualquer outras coisa, título ou cargo.


Diante das condições postas pela mãe e pela família dela e de todo o ocorrido, ele não era e nem seria feliz. Dividido, longe do pai (por vontade da mãe) não se sentia bem na casa da mãe, onde era reprimido, inclusive pelo irmão da mãe, bêbado e agressivo, fica constrangido toda vez que falava mal do pai, a mãe tentando afastar o filho do pai etc.


A mãe teve coragem até de não autorizar a viagem do filho para a Disney com o pai, provando o filho do presente de aniversário com o qual ele já sonhava, para conhecer de perto o fantástico lugar sobre o qual os colegas da escola falavam. No futuro, todas as datas comemorativas seriam de tristeza para ele, por não poder comemorar junto com pai e mãe, em razão da intransigência materna.

Não coloquei meu filho no mundo para ficar longe dele e para que ele sofresse. Se errei, é hora de corrigir o erro, abreviando-lhe o sofrimento. Infelizmente, de todas as alternativas, foi a que me restou. É a menos pior. E pode ser resumida na maior demonstração de amor de um pai pelo filho.

Agora teremos liberdade, paz e poderei cuidar bem do filho. Fiquem com deus!"


Leia o conteúdo completo
aqui.


Fonte: O Globo.com

domingo, 19 de abril de 2009

Domingo

Minha princesa hoje é domingo, e como você partiu em um dia de domingo, a mamãe deixou de gostar deste dia, porque esse dia é considerado sempre um dia feliz, festivo, onde as familias se encontram para o almoço, fazem passeio juntas, vão a igreja, e eu infelizmente não consigo mais sentir alegria neste dia. Você faz falta todos os dias, mas este é o pior.

Certamente o pior domingo de toda a minha vida, foi quando eu vi o que não desejo a nem um pai a nem uma mãe. Vi o que era de mais precioso em minha vida partir, vi minha princesa, meu bebê, minha coisinha pequena que só queria amor e certamente tinha muito amor pra dar a todos fechou os olhos e nos deixou.


Hoje pela manhã na igreja ouvi algo muito emocionante sobre crianças com Síndrome de Down, o Pastor comentou o quanto elas são amáveis e carinhosas, que certamente elas nunca vão ser um médico ou engenheiro, mas elas tem o que é de mais precioso no ser humano, o AMOR. Princesa, ainda não sei ao certo qual o propósito de Deus em nossas vidas com sua curta passagem pela vida, mas tenho certeza de uma coisa, hoje tenho um amor inexplicável por crianças que apresentam uma dificuldade para viver, pois para mim não são deficientes, deficientes somos nós que temos braços e pernas perfeitas, podemos andar, comer com as próprias mãos, podemos enxergar, respiramos sem ajuda de aparelhos e ainda reclamamos da vida. Especial são os pais que tem um filho com alguma dificuldade para viver, pois estes filhos os ensinarão o que nenhuma uma Faculdade do mundo é capaz de ensinar.


Este é o meu desabafo de hoje, precisava colocar pra fora o que não consigo falar a ninguém sobre minha dor, afinal, dificilmente alguém irá entender, por que como vamos entender algo que não vivenciamos?

.....até um dia princesa.

Texto escrito por Maria Pereira.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Cansei de esperar...

Já se passaram vários meses e até agora nada. Não recebi as informações solicitadas na carta ao hospital onde Maria Antônia ficou internada. Em uma ultima tentativa, falei com o Diretor a quem entreguei a carta, mas tudo que tive foi a informação de que minhas reclamações eram bem vindas mas a analise e eventuais providencias eram assuntos internos do hospital. Insisti quanto ao resumo de alta, ou uma espécie de prontuário com o registro de tudo o que aconteceu e tive a processa que me seria enviado, mas isso não chegou até agora.
Vou editar a carta, a fim de omitir nomes para evitar complicações e vou publicar o conteúdo aqui no blog. Faço questão de divulgar isto, não por mim, pois nada posso fazer para mudar o que aconteceu, mas certamente servira de alerta a outros pais que venham precisar internar seus filhos naquele hospital.

Aguardem!

sábado, 14 de março de 2009

Por mais que eu tente...

Por mais que eu tente, não consigo parar de chorar. Chorar por tudo que a gente não teve, por tudo que a gente não realizou...









Quinze de Março de 2009, primeiro ano de nascimento de nossa princesinha. Embora a dor da saudade seja imensa, me alegro pelos momentos intensos que tivemos e pela certeza de que ela agora esta bem, ao lado de nosso Pai.

Um dia filha, vamos viver tudo aquilo que sonhamos.




sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Seis meses sem você

Filha, dia 20 fez seis meses em que você partiu nos deixando com muitas saudades, e com todas as lembranças do que vivemos com você.

Minha princesa, mamãe ainda sente seu cheiro, escuta teu choro, sente teu coração bater sobre o meu quando colocava você sobre meu peito, sinto sua pele macia quando tocava seu corpo todo, sinto o calor das suas mãos sobre meu rosto quando mamãe colocava suas mãozinhas pequeninhas sobre minha pele.

Ha meu amor, como dói a saudade que sinto de você. Como eu queria te ver, te tocar, beijar tua bochecha gorda e abraçar você. Às vezes sinto vontade de voltar naquele hospital nos mesmos horários onde ia visitá-la, só para me sentir mais perto de você.

Filha, infelizmente você não viveu o suficiente pra ver como o homem faz mal para a natureza como ele a destrói. Falo isso filha, porque a vida sem você é como rio gigante que secou, e que sem água os pássaros não cantam mais porque as arvores deixam de existir, os peixes morrem por falta de oxigênio, os animais se perdem em busca de sobrevivência e o homem passa fome, pois não ha água para alimentá-lo. Em fim, só restou o vazio de um lugar por onde um dia existiu vida... Comparo-me a este rio, porque é assim que me sinto sem você comigo.

Como posso continuar sem teu sorriso, sem teu cheiro, teu olhar cheio de amor para mamãe? Como posso continuar meus planos e projetos de vida que tinha para viver com você filha? Nossos passeios, ir a pracinha brincar na areia, ver os peixinhos na lagoa, dar pipoca para eles junto com seu irmão, brincar de bola, ir na piscina, passear de carro com o papai, tomar sorvete e se lambuzar toda, esperar o papai no portão no final do dia após o trabalho. Ele sonhou tanto com este momento filha. Dizia que você iria ser a modelo fotográfica dele e tenho certeza que você iria amar ser fotografada.

Sabe filha, o Igor também sente muitas saudades de você. Todos nós tínhamos muitos planos para viver com você, agora não sabemos continuar, pois estamos vazios demais sem tua presença ao nosso lado. Tenha certeza de uma coisa filha, mamãe não desistiu vou tentar de novo e peço a Deus que me dê outra filha, assim como você minha vida, linda, corajosa e brava guerreira como você era.

Escrito por Maria Pereira

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Espíritos evoluídos

Hoje recebi de um grande amigo esse texto. Achei espetacular! Embora não tenha confirmação de que a história realmente aconteceu, achei versões em varios idiomas e um vídeo que vale a pena divulgar.



Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.

Ao sinal, partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.

Mas, um dos garotos tropeçou, caiu e começou a chorar.

Os outros oito ouviram o choro, diminuíram o passo e olharam para trás. Então, deram meia volta e seguiram em direção ao garoto caído. Todos eles, juntos.

Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse:

- Pronto, agora vai sarar!
E todos os noves competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos...

Talvez, os atletas fossem deficientes mentais... Mas com certeza, não eram deficientes espirituais...

Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos.

Autor Anônimo.